sábado, 30 de maio de 2009

Era uma vez uma rosa...


Passei a observá-lo a distancia...
Estou a olhá-lo por entre a fresta da porta,
cautelosamente fecho um dos olhos e permaneço na espreita,
receio que me vejas...
Lembro certa feita alguém dizer:
"Se fosses minha rosa estarias em minha redoma e passaria horas a fio observando-a."
Quem o observa agora sou eu.
Coloquei-o em uma redoma e passei a entender o sentido das palavras, no teu silenciar. Paradoxo...
Compreendi o que vi, e, entao, tardiamente "copiei" a mensagem...e o que fazias enquanto "dormia"...construías um mundo, o seu mundo, o nosso mundo?
Quem irá entender além de ti? Loucura! Certo que pensarao...
Poemas loucos, frases inpensadas possuem endereços certos e mensagens como esta, só poderiam ser emitidas a um único e exclusivo destinatário...
Nao choque, nao se assuste...ao sentir a brisa. Por vezes, mais forte do que eu...nao se contem, nao se detem...ja nao obedece ordens, faz aquilo que lhe convem!
Que importa se hoje ou agora, se amanha ou outrora, sabe- se lá o que se tem, sabe- se quem o tem e de que forma...espiritual, física, telepatia.
Se amar significa sempre querer o bem, e o bem que se faz é apartar-se, que se há de fazer? Resta continuar a amar e desejar o que de melhor se tem seja a quem te tem!
Se feliz e eu assim serei também!Serei? Diga-me alguém...

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Quem está em crise?

Regina Célia em seu texto “Crise na Educação: Porque?” faz-nos refletir em diferentes aspectos: Afinal, o que está em crise? O educador? O educando? A educação? O que modifica o que? O macro o micro ou vice-versa?

A problemática em si já percorre longos anos. Mesmo em outros textos, em épocas diferentes como de Hannah Arendt intitulado "Crise na Educação" publicado no ano de 1957, é evidente que já há muito questiona-se a importância do formador de opiniões, o que é, sem dúvida, pauteado no texto de Regina Célia. Entretanto, vale lembrar que a mesma ressalta o padrão humano observado ao longo da história:


“...na Grécia de Péricles, o ideal era a formação do cidadão consciente e participante da administração de sua cidade-estado; na Roma dos césares, almeja-se formar o político loquaz e o bravo guerreiro; durante a Idade Média, era a formação do homem moralmente íntegro e do cristão temente a Deus; por ocasião da revolução comercial e, posteriormente, industrial, nas sociedades que sofreram de forma mais aguda e intensa o impacto dessa fase, propunha-se formar o burguês dotado de iniciativa e senso comercial.”



A humanidade fora mudando ao longo do processo histórico levando junto consigo seus conceitos de valores. Porém, em um dado momento esses valores se perderam e então nos transformaram nesta sociedade contemporânea que ao menos sabe para onde quer ir, que dirá, absorver conhecimentos, para ela, obsoletos.
Vemos que a problemática em si não diz respeito à métodos pedagógicos eficazes ou sistemas de ensino exemplares, o que se pauteia é: que tipo de cidadão pretendemos formar? Ou melhor colocando, estamos dispostos à faze-lo?
O Educador é aquele peixe que nada contra a maré em busca de algo que o faça sobreviver. E, se uma gota no Oceano é pouco aos olhos dos mais pessimistas, os utópicos acreditam sim, que de gota em gota chegarão lá. Se vive-se em uma sociedade corrompida que não sabe aonde quer chegar, seduzida pelo capitalismo selvagem aonde ter é mais importante do que ser, é chegado o momento onde precisamos questionar a que ponto conseguiremos influenciar o meio em que vivemos ou nos deixaremos ser influenciados por ele?
Quem está em crise afinal? A sociedade está em crise. A mesma aonde encontram-se educador e educando.
Cabe ao Educador a grande responsabilidade de decidir: Serei um agente da mudança? Ou esperarei outro Luther King, Lutero, Mandela, Madre Teresa surgirem?
Exagero? Pode ser, no entanto, se não for um agente modificador do meu micro- mundo, que dirá desta vasta extensão de mundo que Deus nos deu.
É o micro, em sua ousadia que transforma o macro, assim nos evidencia a História!